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Coração

 

Agni Yoga, por Morya

Após os trabalhos do dia, reunamo-nos para conversar acerca do Coração. Ele nos conduzirá através dos domínios da Terra para o Mundo Sutil, a fim de nos aproximar da esfera do Fogo.

 

1. Ver com os olhos do coração; escutar os ruídos do mundo com os ouvidos do coração; perscrutar o futuro com a compreensão do coração; recordar as acumulações do passado através do coração; assim deve-se percorrer impetuosamente o caminho da ascensão. A criatividade abrange o potencial ardente e se satura com o sagrado fogo do coração. Portanto, no caminho para a Hierarquia, no caminho para o Grande Serviço, no caminho para a Comunhão, a Síntese é o único caminho luminoso do coração. Como podem os raios irradiar, se a chama não está acesa no coração? É precisamente a propriedade do imã que é inerente ao coração. A criatividade superior está impregnada por esta grande lei. Portanto, cada coroamento, cada união, cada grande unificação realiza-se por meio da chama do coração. De que modo podemos assentar a base dos grandes degraus? Na verdade, apenas pelo coração. Assim, os arcos da consciência são fundidos pela chama do coração. Recordemos-nos da maravilhosa atração do imã do coração que une todas as manifestações. Em verdade, o fio prateado que une o Mestre ao discípulo é o grande imã do coração. A união entre Mestre e discípulo afirma a essência de todas as evoluções.

 

2. Muitas lendas descrevem a realização dos desejos, mas nada falam sobre a condição fundamental, sobre o impasse, que aguça os desejos até torná-los inalteráveis. Cada pequeno caminho de contorno já deixa rombuda a flecha da inalterabilidade. Mas tal como uma pessoa que não está habituada com a água pode nadar quando em perigo de ser arrastada para o fundo, assim ocorre com a realização de um desejo, quando todos os caminhos estão cortados. As pessoas dizem: aconteceu um milagre: Mas, frequentemente o que houve foi só a intensificação da energia psíquica. O coração, este sol do organismo, é o foco da energia psíquica. Quando falamos acerca do coração, devemos ter em vista a lei da energia psíquica. É maravilhoso sentir o coração como o Sol dos sóis do universo. Devemos compreender o Sol do Supremo Hierarca como nosso Estandarte. Maravilhoso é este Estandarte, como um poder invencível se nossos olhos já assimilam sua irradiação, refletida em nosso coração.

 

3. Quer seja o coração chamado de morada de Elohim ou de síntese das sínteses, ele ainda permanece como ponto focal. Até aqueles que reconhecem no coração somente suas funções fisiológicas inferiores, até eles o tratam com cuidado. Então, quão mais profundamente deve ficar atento ao coração aquele que sabe sobre o imã e sobre o fio prateado! Portanto, o Mestre nos afasta de tudo que é estritamente físico e usa cada órgão para fazer-nos lembrar do mundo sutil. É uma festa para Nós cada vez que o pensamento puro se projeta na esfera da existência invisível. É necessário guiar as pessoas para a morada dos Elohim com muita perseverança assim como se um perigo perseguisse aquele que entra. O caminho dos escolhidos pode ser reconhecido quando o Mundo invisível torna-se real e acessível para eles; então, pode-se notar o crescimento da consciência, e os próprios órgãos do corpo se transfiguram, imbuídos pela ligação com a Hierarquia.

 

4. O coração é um templo, mas não um lugar para ídolo. Nós não somos contrários à construção de um templo, mas não aceitamos os ídolos e os bazares. Da mesma maneira, quando falamos em construir um templo como um coração, Nós não temos em vista a forma de um coração, mas Nos referimos à sua significação interior. Um templo não pode existir sem a conscientização da cadeia infinita; assim, também o coração está ligado a todas as sensações do Cosmos. A alegria ou a angústia do coração ressoam com as esferas distantes. Por que, então, a angústia é mais frequentemente sentida do que a alegria? As constantes perturbações cósmicas certamente agitam o coração a elas ligado. Em compensação, é muito grande o serviço de tal coração nas balanças do mundo! Não transcorreu um só dia, uma única hora, sem que o mundo estivesse em perigo. Dois olhos não podem antever esses perigos, mas somente três, como no Estandarte dos Senhores. Deve-se compreender o templo do coração como uma sensação iminente. Não é sem motivo que o coração foi marcado com o símbolo da cruz. Assim, o sinal da cruz e da rosa tem acompanhado eternamente o templo do coração.

 

5. Novas condições indicarão o caminho para o futuro. A Verdade é a mesma, mas as combinações variam de acordo com a consciência. Quanta beleza é destruída devido ao desconhecimento do templo - coração! Mas esforcemo-nos firmemente para conscientizar o calor do coração e então começamos a sentir-nos como portadores do templo. Deste modo, pode-se cruzar o limiar do Novo Mundo. Como são ignorantes os que creem que o Novo Mundo não é para eles! Os corpos diferem, mas o espírito não evitará o Novo Mundo.

 

6. A dúvida é a destruição da qualidade. A dúvida é o túmulo do coração. A dúvida é o começo da feiura. A dúvida deve ser mencionada em cada conversação, pois, sem qualidade, aonde poderemos ir? O que compreenderemos sem o coração? Quê poderemos alcançar sem a Beleza?


Perguntarão: Por que primeiro "O Infinito", em seguida "Hierarquia" e, só depois, "Coração"? Por que não o contrário? Pois, primeiro, a direção, em seguida, a ligação, e só então, o meio. É necessário não corromper pela dúvida este meio sagrado. Observemos a qualidade do pulso de um homem em dúvida e também, durante um momento de verdadeira aspiração. Se a dúvida pode alterar o pulso e as emanações, como será fisicamente deteriorante sua atuação sobre o sistema nervoso! A energia psíquica é simplesmente devorada pela dúvida.
 

Depois da dúvida, recordemos a própria traição, pois quem estará mais próximo da dúvida senão o traidor? Entretanto, pode-se vencer as trevas unicamente pela adesão à Hierarquia, ao mais inevitável, como a radiação do sol. Verdadeiramente, ele queima, mas sem ele só existe escuridão!

 

7. O coração é o ponto focal, mas de tudo, é o menos egocêntrico. Não é o egoísmo que vive nele, mas o pan-humanismo. Somente o intelecto envolve o coração com a teia do egocentrismo. A bondade do coração não é medida pelas chamadas boas ações, cujas causas podem ser as mais variáveis, mas pela bondade do coração interior; ela ascende a luz que brilha nas trevas. Desse modo, o coração é, na verdade, um órgão internacional. Se aceitamos a luz como símbolo da aura, então seu pai é o coração. Como é necessário aprender a sentir o coração, não como o seu, mas como o universal. Somente através desse sentimento podemos começar a nos libertar do egoísmo, preservando a individualidade das acumulações. É difícil combinar a individualidade com a abrangência universal; não é sem razão que o imã do coração está ligado com o "Cálice". É possível compreender como o coração irradia uma luz especial, que se refrata de todas as maneiras através da substância nervosa! Pois o cristal da energia psíquica pode ser variadamente matizado.

 

8. A purificação do coração torna-se difícil quando a teia do egoísmo o engorda. A gordura do egoísmo é uma herança bestial. As puras acumulações da individualidade podem explicar aquilo que o intelecto não pode nem mesmo conceber. É extremamente difícil inculcar numa pessoa aquilo que nunca entrou no círculo de sua imaginação. Como é possível o movimento, se não houver a força da imaginação? Mas onde ela virá se não houver experimentação?

 

9. A dureza do coração não é outra coisa senão uma condição de falta de cultura. A pusilanimidade é uma limitação do pensamento. A intolerância pertence à mesma família de abominações que aviltam o sagrado vaso do coração. Já sabeis que o coração refinado, intensificado, cria um ímpeto semelhante a um dínamo, demonstrando assim que ele é um vaso da energia universal Mas a cultura do coração não se acumula se não receber alimentação adequada. Também o melhor acumulador ficará inativo sem a proteção e a conexão devidas. O coração requer constante nutrição; do contrário, privado da vinculação superior, deteriora-se. Assim, não esqueçamos que, no fundo do cálice, era estampada a imagem de uma criança como símbolo da ascensão.

 

10. Mediante um raro experimento, pode-se verificar como o coração reflete até mesmo os terremotos mais distantes e outros acontecimentos mundiais. Pode-se também notar que não só as perturbações cósmicas, mas até mesmo os reflexos das irradiações do espírito atuam a grandes distâncias. Nós prestamos atenção ao trasmutador de prana, aos pulmões, que transmitem a essência da vida ao coração como a afirmação do equilíbrio do mundo. As novas conquistas nos corpos sutis estão sendo coroadas com êxito. Tal realização tornous-e urgente, pois está violada a base da ligação com o imã da Hierarquia. Como uma medida para contrabalançar o equilíbrio rompido, um novo tipo de corpo sutil está sendo dado.

 

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